Pelé nasceu em Três Corações, Minas Gerais, há exatos 84 anos.
Pelé nasceu em Três Corações, Minas Gerais, há exatos 84 anos. Foi em 23 de outubro de 1940 que Edson Arantes do Nascimento veio ao planeta para ser o maior embaixador que o Brasil já teve. Relembro no "Memória da Pan" a primeira grande conquista do Rei com a camisa da seleção: a da Copa de 1958, na Suécia, diante dos donos da casa. Abaixo, as escalações:
Brasil: Gylmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo
Técnico: Vicente Feola
Suécia: Svensson, Bergmark, Axbom, Liedholm, Gustavsson, Parling, Hamrin, Gunnar Gren, Simonsson, Skoglund e Borjesson
Técnico: George Raynor
Árbitro: Maurice Guigue (França)
Auxiliares: Albert Dusch (Alemanha) e Juan Gardeazabal (Espanha).
Gols: Liedholm (4) e Vavá (aos 9 e aos 32) no primeiro tempo. Pelé (10), Zagallo (23), Simonsson (35), e Pelé (45) na etapa final
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Um dos lances mais marcantes da carreira de Pelé foi o terceiro gol da seleção naquela finalíssima, no segundo tempo. Pelé deu um "chapéu" em um adversário e balançou as redes. "(…) É um dos meus favoritos entre todos [os gols] — porque eu era muito jovem, mas também porque ninguém tinha visto um gol como aquele antes (…)", contou o Rei na autobiografia. Na transmissão da Rádio Bandeirantes, o narrador Edson Leite soltou a voz: "Magistral o gol de Pelé".
O garoto, de apenas 17 anos, ainda faria o quinto gol da seleção, aos 45 minutos da etapa final. Zagallo cruzou, o camisa 10 brasileiro conseguiu dar um toque de cabeça, entre dois adversários, quase na pequena área, e a bola foi entrando lentamente no canto direito do goleiro Svensson que, atônito, teve de se segurar na trave para não cair. Era o sexto gol de Pelé no torneio, artilheiro da seleção. O lance foi descrito assim por ele na autobiografia: "(…) eu subi mais do que dois defensores suecos, consegui cabecear e — como se tudo transcorresse em câmera lenta — observei a bola descrever uma curva e ir morrer no canto da rede (…)".
Acompanhe agora a íntegra da partida final da Copa de 1958, na transmissão da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A narração é de Jorge Curi e Oswaldo Moreira. É pura emoção!