O presidente americano Joe Biden, em fim de mandato, votou nesta segunda-feira (28) no estado de Delaware em eleições em que gostaria de ver seu nome nas cédulas.
O presidente americano Joe Biden, em fim de mandato, votou nesta segunda-feira (28) no estado de Delaware em eleições em que gostaria de ver seu nome nas cédulas. Em julho, o democrata, de 81 anos, passou o bastão para sua vice-presidente Kamala Harris. Cedeu assim a semanas de pressão do seu próprio partido, que duvidou da sua capacidade após um desempenho desastroso no debate contra o seu rival, o republicano Donald Trump. Quase 43 milhões de americanos já votaram antecipadamente, assim como Biden fez na cidade de Wilmington (nordeste), a oito dias das eleições mais acirradas da história contemporânea dos Estados Unidos. A aptidão mental tornou-se uma linha de ataque na corrida pela Casa Branca.
Kamala, de 60 anos, disse nesta segunda-feira que será submetida a um teste cognitivo em resposta a um ataque de Trump, de 78, e o desafiou a fazer um também. A ex-procuradora, que luta para se tornar a primeira mulher negra presidente dos Estados Unidos, afirma que o seu rival está cada vez mais “desequilibrado” e é incapaz de liderar os Estados Unidos. Trump, candidato pela terceira vez à Casa Branca, chamou-a de estúpida com baixo QI.
O empate técnico se mantém nas pesquisas. Nesta semana, ambos se concentrarão nos sete estados que provavelmente decidirão o resultado: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada.
Kamala e seu companheiro de chapa, Tim Walz, visitarão todos eles. A vice-presidente começa nesta segunda-feira no Michigan, no norte, onde se concentrará no voto dos trabalhadores e de uma parte da comunidade muçulmana e árabe que se opõe ao apoio dos Estados Unidos às guerras de Israel em Gaza e no Líbano.
Trump viajará à Geórgia para se reunir com pastores e líderes religiosos e realizar um comício em Atlanta, capital deste estado do sul. O republicano contou com o apoio dos cristãos evangélicos em suas campanhas anteriores. Porém, sua viagem para a Geórgia é precedida por uma polêmica.
Sua equipe de campanha teve que se distanciar dos comentários feitos no domingo por um comediante convidado para um comício no Madison Square Garden, em Nova York.
Além de zombar dos latinos, ao afirmar que eles “adoram fazer bebês”, o comediante Tony Hinchcliffe disse: “Há uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano agora, acho que se chama Porto Rico”. A polêmica está servida. “Esta piada não reflete a opinião do presidente Trump”, disse uma das porta-vozes do candidato republicano.
Longe de pedir desculpas, o comediante acusou os críticos nas redes sociais, censurando-os por “não terem senso de humor”. O filho e assessor de Trump, Don Trump Jr, o apoiou. Apesar de serem americanos, os porto-riquenhos não podem votar nas eleições presidenciais, nem os cidadãos de outros territórios, como as Ilhas Virgens, as Ilhas Marianas do Norte, a Samoa Americana, Guam ou as Ilhas Menores Distantes.
Mas podem fazê-lo se residirem em um dos 50 estados dos EUA, além do Distrito de Columbia. E a Pensilvânia, um estado crucial para as eleições, tem meio milhão de porto-riquenhos.
Kamala aproveitou a controvérsia, prometendo em um vídeo “traçar um caminho novo e feliz” para Porto Rico. Várias estrelas nascidas na ilha, como os cantores Bad Bunny, renomado artista de reggaeton e trap latino, e Ricky Martin, expressaram seu apoio à democrata compartilhando seus vídeos no Instagram.
Trump também tem personalidades conhecidas entre os seus apoiadores, especialmente o homem mais rico do mundo, Elon Musk, que faz campanha por ele na Pensilvânia. Nesta segunda-feira, um promotor da Filadélfia abriu uma ação judicial contra Musk para que a Justiça interrompa seu controverso sorteio de um milhão de dólares por dia entre eleitores registrados em Estados-chave.
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira