Durante um evento paralelo do G20 realizado no Rio de Janeiro, Gabriel Galípolo, que está prestes a assumir a presidência do Banco Central, compartilhou suas percepções sobre as mudanças nas expectativas econômicas decorrentes da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Durante um evento paralelo do G20 realizado no Rio de Janeiro, Gabriel Galípolo, que está prestes a assumir a presidência do Banco Central, compartilhou suas percepções sobre as mudanças nas expectativas econômicas decorrentes da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Galípolo destacou que a vitória de Trump trouxe uma reviravolta nas previsões de cortes na taxa de juros norte-americana. Inicialmente, esperava-se que houvesse até seis reduções na taxa de juros, mas com a nova administração, a previsão foi ajustada para, no máximo, duas reduções. Esse fenômeno, que reflete as mudanças nas expectativas do mercado, foi denominado “Trump Trade”.
Galípolo enfatizou que as promessas de campanha de Trump, como o fechamento da economia norte-americana e o combate à imigração, estão sendo monitoradas de perto por analistas econômicos. As possíveis políticas já começaram a ser precificadas pelos mercados financeiros. O diretor de política monetária do BC explicou que o combate à imigração pode resultar em um aumento no custo da mão de obra nos Estados Unidos, enquanto tarifas de importação mais elevadas podem levar a um aumento nos preços dos produtos.
O futuro presidente do Banco central afirmou que essas expectativas já causaram um aumento nas taxas de juros americanas, o que, por sua vez, afeta o custo financeiro global, uma vez que os juros cobrados por outros países são frequentemente baseados nas taxas americanas. O evento no Rio de Janeiro é parte dos preparativos para a reunião de cúpula do G20, que está programada para ocorrer na próxima semana no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A reunião contará com a presença de chefes de estado das principais nações do mundo e está agendada para acontecer na segunda e terça-feira.