A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou a urgência de mais dinheiro para financiar ações que limitem o aquecimento global a 1,5 ºC, como definido no Acordo de Paris de 2015.
A declaração foi feita nesta quinta-feira (21), em Baku, no Azerbaijão, na reta final da COP 29, a Conferência Mundial do Clima.
O novo financiamento climático deve superar US$ 1 trilhão por ano, substituindo os atuais US$ 100 bilhões anuais. O valor é uma estimativa de consenso entre os países e está em documento publicado pelo órgão gestor da convenção do clima, mas ainda não é definitivo.
Segundo a ministra, o alinhamento entre metas de redução de emissões e financiamento é essencial para enfrentar a crise climática.
"Está é a COP dos meios de implementação e do financiamento. Temos um processo para medir se nossas metas para 1,5 graus estão sendo cumpridas. Precisamos também de um processo que possamos medir se o financimento está à altura desse desafio."
Marina destacou avanços no mercado de carbono e a importância de integrar esforços em temas como desertificação, biodiversidade e clima. Mas lembrou que a maior obrigação na COP29 é avançar em relação ao financiamento.
"Essa obrigação é que vai nos mostrar se aquilo que estamos dizendo está coerente com o que estamos fazendo em relação a mitigar, em relação a implementar e a transformar nossos modelos insustentáveis de desenvolvimento, que nos trouxeram a uma crise com prejuízos que são terríveis, sobretudo para os países em desenvovlimnto. "
O encerramento da COP29 é nesta sexta-feira (22), mas a expectativa é que a batalha financeira deve entrar pela madrugada de sábado (23), no Azerbaijão.
Meio Ambiente Cobrança marca da batalha financeira na reta final da COP 29 Brasília 21/11/2024 - 19:50 Roberta Lopes / Eliane Gonçalves Oussama El Ghaouri COP 29 Conferência Mundial do Clima quinta-feira, 21 Novembro, 2024 - 19:50 2:12Radioagencia