O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem desmarcado compromissos e marcado reuniões fora da agenda para driblar a crise envolvendo a violência da Polícia Militar em algumas ações.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem desmarcado compromissos e marcado reuniões fora da agenda para driblar a crise envolvendo a violência da Polícia Militar em algumas ações. Nesta terça-feira (10), Tarcísio deve mandar o vice, Felício Ramuth (PSD), como seu representante em um encontro com outros governadores em Brasília. O chefe do Executivo paulista quer acompanhar de perto o início dos testes das novas câmeras corporais contratadas pela gestão estadual, da Motorola. No total, o governo fechou contrato para obtenção de 12 mil câmeras — 18,5% mais do que as 10 mil atuais —, mas Tarcísio já anunciou a ampliação para 15 mil, no mesmo dia que admitiu estar errado sobre o uso do equipamento.
Um dos testes principais para o governador é a funcionalidade do acionamento remoto — em que a câmera pode ser ligada independentemente da vontade do policial em ocorrências. A ideia é que, mesmo que o policial desligue a câmera intencionalmente, um aviso chegue ao sistema de ocorrências da PM, que poderá religá-la. As câmeras da Motorola substituirão as antigas, contratadas no governo João Doria, por meio do programa Olho Vivo.
Na semana passada, em agenda em Brasília, passou a tarde em reunião com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para “alinhar o discurso” — as conversas entre os dois tem sido frequentes. Um encontro com o comandante geral da Polícia Militar em São Paulo, coronel Cássio Araújo, também aconteceu às pressas. O governador vem dizendo que quer "acertar o discurso" e dar "punição exemplar" aos atos de violência.