O evento, organizado pela Secretaria de Educação, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte, com o apoio do Instituto Cultiva e do Consórcio Nordeste, reúne autoridades do governo federal e dos nove estados da região.
O programa alagoano se propôs a fomentar a iniciação científica entre alunos do ensino médio. Tendo como enfoque o projeto de vida que tem para si, o estudante desenvolve sua pesquisa, que pode englobar sustentabilidade ambiental, empreendedorismo, responsabilidade social, cultura digital e mediação artístico-cultural.
Como outra preocupação do governo era negociar com os professores para que não desistissem de dar aulas presenciais, pensou também em uma forma de dar uma contrapartida a uma das categorias mais expostas ao coronavírus.
Desde então, estabeleceu-se uma bolsa de R$ 1,5 mil para os professores e outra de R$ 250 para os alunos designados como monitores, sendo um monitor por turma. Outro incentivo, que também se estende até os dias de hoje, é o de R$ 150 a alunos que têm um mínimo de 90% de frequência nas aulas.
O superintendente de Educação de Alagoas, Ricardo Lisboa Martins, destaca que os frutos do programa são mensuráveis e significativos. A quantidade de estudantes matriculados no ensino médio da rede pública aumentou de 94.600 para 116.840, de 2020 para 2024.
De acordo com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 2021 as taxas de aprovação nos anos iniciais e finais e no ensino médio eram, respectivamente, de 98,6%, 96,6% e 87,7%. Em 2023, eram de 98,7%, 96% e 93,8%. Além disso, a distorção idade-série, que é quando a idade do aluno não é compatível com a série em que estuda, por haver atraso, por conta de seu desempenho, diminuiu, de modo geral, de 2021 para 2023, pelo que registra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Ao se verificar os anos iniciais e finais e o ensino médio, a curva sempre decresce, com exceção de algumas séries dos anos iniciais.
Outras especificidades do programa são as trilhas de conhecimento que, segundo Lisboa Martins, ajudam os municípios a ter melhor noção do que devem exercitar com os alunos, e o valor que dá às competências socioemocionais dos estudantes. Os agentes do projeto também se esforçam para engajar os familiares dos alunos no processo educacional.
"A gente precisou criar uma estratégia, que era uma forma também de valorizar o professor. Aí, uniu o útil ao agradável. Valorizou o professor, dando uma bolsa a ele, e ele fica dedicado à turma e se envolve em pesquisa para a gente", resume o superintendente.
* A repórter viajou a convite do Consórcio Nordeste, com o apoio do Instituto Cultiva
Agencia Brasil