Em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o câmbio deve se acomodar em relação à alta da moeda americana, e não descartou a possibilidade de ataques especulativos à economia brasileira. “Mas eu acredito que ele [dólar] vai se acomodar. Eu tenho conversado muito com as instituições financeiras. A previsão de inflação para o ano que vem, a previsão de câmbio paro ano que vem… Até aqui, nas conversas com as grandes instituições, as previsões são melhores do que os especuladores estão fazendo. Mas, enfim, no câmbio futuro o Banco Central tem intervindo. O Tesouro passou a atuar na recompra de títulos. E eles vão continuar acompanhando até estabilizar”, concluiu o ministro da Fazenda.
A moeda norte-americana registrou um recorde de cotação nesta semana, alcançando R$ 6,20 na terça-feira (17) e encerrando o dia em R$ 6,09. Nesta quarta-feira, a tendência de alta continua. O ministro afirmou ainda que o governo federal tem feito o seu papel em enviar medidas para contenção dos gastos. Haddad destacou a importância de manter a "escala" de contenção de gastos alinhada às metas do governo Lula (PT) para evitar a "desidratação das medidas". Segundo a equipe econômica, o pacote fiscal terá um impacto estimado de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030.
Quando questionado sobre as modificações que estão sendo feitas nos projetos por parte do Congresso, o ministro disse que "Até aqui não são de grande monta. Nós estamos confiantes que não vai haver desidratação pelas conversas mantidas nesses dias de segunda [feira] para cá", afirmou Haddad. "Há aqui uma resistência ou outra, mas, a princípio, as coisas vão andar. Eu diria que a escala de contenção de gastos vai ser mantida."
Haddad declarou que espera a votação nesta quarta-feira (18) da PEC 45/2024, que limita o abono salarial a partir de 2026, e do PL 4.614/2024, que estabelece limites para a valorização do salário mínimo. Ele conversou com jornalistas antes de deixar o Ministério da Fazenda para participar de um almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O encontro teve como foco os esforços para avançar com o pacote fiscal.
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