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Escritório de Investigação de Corrupção sul-coreano tinha até 12h desta segunda (6) para realizar a prisão de Yoon Suk Yeol, investigado por insurreição por conta de decreto de lei marcial. Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em foto de arquivoReuters/Kim Hong-Ji/Pool/File PhotoO prazo do mandado de prisão contra o presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, expirou no final desta segunda no horário local, às 12h no horário de Brasília.No entanto, segundo declaração do Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários sul-coreano, que organiza uma segunda tentativa de prender Yoon, após uma frustrada na última sexta (3), a prorrogação do prazo já foi solicitada à Justiça. Não há informações ainda sobre a extensão.Em um encontro com o Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Washington expressou "sérias preocupações" a Seul sobre algumas das ações que Yoon tomou durante sua declaração de lei marcial, mas que os eventos que se desenrolaram desde então mostraram que a democracia da Coreia do Sul "é notavelmente forte"."A resposta que vimos, e que esperamos continuar a ver, é pacífica, totalmente consistente e de acordo com a Constituição e o Estado de Direito", afirmou em coletiva de imprensa.Blinken também se encontrou com o presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em uma declaração. A agência anticorrupção e a polícia sul-coreana também discutiram nesta segunda medidas mais eficazes para prender o presidente Yoon, após a primeira tentativa anterior ter sido bloqueada pelo serviço de segurança presidencial na semana passada.? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsAppO país está imerso em um caos político desde o início de dezembro, após Yoon ter declarado surpresa uma lei marcial, que restringiu direitos civis. O decreto foi bloqueado pelo Parlamento sul-coreano em poucas horas e Yoon sofreu um impeachment.Agora, Yoon enfrenta investigações por insurreição, crime punível com prisão perpétua ou até pena de morte. O mandado de prisão foi expedido contra ele após três convocações para prestar depoimento no âmbito das investigações. Se a ordem de prisão for cumprida, o líder conservador poderá se tornar o primeiro presidente sul-coreano a ser preso ainda cargo.Yoon está confinado na residência presidencial, protegido por centenas de agentes de segurança presidenciais leais que, até o momento, resistiram às tentativas de o prender.Milhares de sul-coreanos protestam a favor e contra o presidente afastado Yoon Suk Yeol próximos à residência presidencial em Seul desde a emissão do mandado de prisão, nos últimos dias de 2024.Manifestantes participam de um protesto contra o presidente sul-coreano destituído Yoon Suk Yeol perto de sua residência oficial, em Seul.REUTERS/Tyrone SiuTentativa de prisão frustrada Os investigadores pediram ao ministro das Finanças, Choi Sang-mok, que foi designado presidente interino há uma semana, que apoiasse a ordem exigindo a cooperação do serviço de segurança presidencial. Na sexta-feira, os guarda-costas presidenciais protegeram Yoon dos investigadores, que, após um tenso confronto, decidiram se retirar, alegando temer por sua segurança. O embate, que supostamente envolveu empurrões, mas não houve troca de tiros, deixou a ordem de prisão, que expira na segunda-feira, em um limbo.Guarda do presidente afastado da Coreia do Sul impede que polícia cumpra mandado de prisão emitido pela JustiçaJornal Nacional/ ReproduçãoOs funcionários do Departamento de Investigação de Corrupção poderiam tentar prendê-lo novamente antes disso, mas se o mandado expirar, eles poderiam solicitar outro. O Tribunal Constitucional marcou para 14 de janeiro o início do julgamento de destituição de Yoon, que continuará em sua ausência se ele não comparecer. Na sexta-feira, os advogados do presidente classificaram o mandado de prisão como "ilegal e inválido" e prometeram tomar "ações legais" em relação a ele. As semanas de turbulência política ameaçaram a estabilidade do país. O principal aliado de segurança da Coreia do Sul, os Estados Unidos, pediu à elite política para que trabalhasse por um "caminho estável" para o futuro. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está deixando o cargo, deve manter diálogos em Seul na segunda-feira, em virtude das relações entre os EUA e a Coreia do Sul, e com a Coreia do Norte.