O ano vai ser preenchido para César Mourão.
O ano vai ser preenchido para César Mourão. Para além de continuar enquanto 'investigador' n'A Máscara' e apresentador do 'Terra Nossa', eis que o artista prepara-se para mais um desafio: o 'Family Feud', um formato de grande sucesso no estrangeiro - sobretudo nos Estados Unidos, onde é apresentado por Steve Harvey - e que chegará em breve a Portugal.
Estivemos à conversa com o ator na apresentação das novidades de início de ano da programação da SIC.
"Tem sobretudo a ver com o nível de perguntas e com o humor inerente. Não é só um formato de concursos, tem muito humor. Depois vive muito das famílias, portanto, mais uma vez eu não serei o protagonista", fez saber.
Conforme explicou aos jornalistas, no programa duas famílias jogam uma contra a outra para descobrirem as respostas de perguntas inusitadas que foram feitas previamente a uma amostra de 100 pessoas.
"As famílias vão ter que acertar naquelas dez para ganhar dinheiro. Só que as perguntas são muito fora da caixa realmente e deixam-nos a pensar. As famílias têm que ser o mais rápidas possível, e por isso, há respostas surpreendentes e disparatadas", explica.
Para o entrevistado, o novo formato faz lembrar "outros tempos de televisão", algo que o deixa com grandes expectativas. "Não sei se isso é bom ou se é mau para o público. Pode haver um lado de nostalgia", reflete.
"Sabemos que pode ser um sucesso ou um insucesso, porque as pessoas podem querer viver ou reviver esses tempos ou podem não querer, e o que querem é ver jovens dentro de uma casa, fechados, a beijarem-se uns aos outros, não sei, não sabemos. Mas à partida é um programa que eu acho que pode ter muito sucesso", completa.
'Terra Nossa', um velho amor que nem era para sê-lo
Ao fim de oito ano, o programa 'Terra Nossa' continuará a viajar pelo país. "É um programa que, felizmente, tem resultados muito positivos".
O entrevistado lembrou que chegou a recusar a primeira proposta, mas mudou de ideias. "É um programa que é muito familiar, ele é muito transversal. Mais uma vez o protagonista não sou eu, são as pessoas que eu apanho", realçou.
Para César, é "impressionante o que se apanha", sublinhando que faz questão de nunca saber nada sobre a pessoa que vai entrevistar. "Eu vou muito disponível para tudo o que possa acontecer, então cria uma verdade no programa. E essa verdade passa para o espectador. Não há nada pensado, não há nada escrito, não sei o convidado antes, eu não escrevi nada".
Essa luta, a de ser tudo o mais natural possível, é algo que faz questão de manter. "Quando eu fiz improvisação na rádio comercial, por exemplo, uma das lutas era 'e se as pessoas não acharem que isto está combinado?' Antigamente, quando me faziam essa pergunta, era talvez das maiores ofensas que eu tinha. Ficava fod**o. Hoje, é dos maiores elogios. Acho que esse programa tem isso, portanto, satisfaz-me muito ter essa verdade".
Como é César nos dias maus?
"Nos dias maus em que vai trabalhar e pensa, eu tenho que ter graça, mas não está com vontade nenhuma para isso... Como é lida com essas expectativas?", questionou o Fama ao Minuto.
"Eu não sou um comediante na minha essência. Portanto eu não tenho essa pressão de ter graça. Quando nós temos a pressão de ter graça, tudo se torna mais difícil. Na improvisação, eu tenho vindo a aprender isso, são 25 anos de improviso a graça tem no seu todo.
Se nós aliviarmos a pressão de ter piada, vai ter piada porque estamos todos a comunicar e uma ideia puxa a outra e temos que saber ouvir, aceitar e ir atrás. Eu não vou para o 'Terra Nossa' ou para 'Family Feud' agora a achar que tenho que ter graça. Eu não penso sequer que tenho que ter graça, eu não sou comediante nesse sentido da 'punchline', do vou escrever assim, vou fazer mesmo uma graça, ou ter pessoas a escrever para mim algumas piadas, eu não tenho isso.
Tenho um quotidiano, uma imagem televisiva, uma personalidade que a câmara liga e eu tenho aquele registo, mas é um registro que é meu, natural, de conversa com as pessoas ou com os participantes nesse programa.
E depois a graça vem pelo seu todo, vem pela naturalidade e pela situação. Portanto, eu não acuso essa pressão de ter que ter graça, até porque não considero que tenha", explicou.
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