Nesta quarta-feira (15), depois de 15 meses de conflito, o esperado acordo foi anunciado e contempla um plano de seis meses, dividido em três etapas -- haverá troca de reféns, retirada das tropas israelenses de Gaza e plano de reconstrução do território. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Nesta quarta-feira (15), depois de 15 meses de conflito, o esperado acordo foi anunciado. Primeiro, informalmente por meio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que encabeçou a negociação nos últimos dias. Depois, oficialmente na voz do primeiro-ministro do Catar: "Esperamos que essa seja a última página dos dias de guerra", disse.
O estopim da guerra foi o atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando o grupo assassinou 1.200 pessoas dentro do território israelense e capturou 251 reféns. Desde então, cerca de 48 mil pessoas foram mortas, 45 mil delas, palestinas – de acordo com a ONU, 75% eram mulheres e crianças.
O acordo contempla um plano de seis meses, dividido em três etapas. A primeira fase terá seis semanas, prevê um cessar-fogo completo e inicia o processo de troca de reféns. Na fase dois, haverá a libertação dos reféns restantes e a retirada total das tropas israelenses de Gaza. A terceira e última fase determina o início de um plano para a reconstrução do território.
Para analisar as circunstâncias do acordo – tanto no cenário internacional, quanto na política israelense – Julia Duailibi entrevista Michel Gherman, professor do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ e pesquisador do Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele explica por que Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, resiste tanto ao cessar-fogo e projeta os próximos passos da tentativa de por fim à guerra.
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