Fontes de dentro do Partido Liberal afirmam que a sigla está dividida e que o racha entre os dois grupos que se formaram após a discussão da reforma tributária tende a piorar.
Fontes de dentro do Partido Liberal afirmam que a sigla está dividida e que o racha entre os dois grupos que se formaram após a discussão da reforma tributária tende a piorar. Segundo interlocutores, o PL atualmente está composto por uma ala mais pragmática e alinhada ao centro, que seriam “os fisiológicos de Valdemar [Costa Neto, presidente do PL]”, e, do outro lado, estão os “ideológicos de [Jair] Bolsonaro“, que jogam sempre em conjunto com o ex-presidente. Membros do partido acreditam que essa é uma questão difícil de ser resolvida. “Acho que só vai piorar”, diz uma fonte, que completa: “Os valdemaristas vão se aproximar cada vez mais do governo é isso vai tensionar a relação”.
Outra autoridade da legenda afirma que a questão pode esfriar durante o recesso parlamentar, mas que a ala bolsonarista faz “oposição por oposição” e “não está pensando nos interesses do país”. “Então, pode voltar a esquentar quando [a matéria] for para o Senado”. Apesar do racha, interlocutores do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tentou convencer os parlamentares a aprovarem a reforma, dizem que Bolsonaro sinalizou ao chefe do Executivo paulista que o PL está disposto a discutir a questão no Senado, inclusive contribuindo com sugestões.
Já o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) classificou o clima na direita ficou “muito ruim” depois de autoridades divergirem sobre a reforma tributária. Ele citou a reaproximação entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — a quem tem feito duras críticas —, após desentendimentos sobre o assunto. Para Salles, “o tempo vai dizer” como fica a situação entre os dois. “Vamos aguardar”, finalizou.