A premiação para os textos de tradição oral homenageia Akuli, jovem sábio da tribo Arekuná. A Biblioteca Nacional resgata que ele foi um exímio narrador de histórias ancestrais, e que a literatura oral sobre Macunaíma, que Akuli transmitiu ao cientista alemão Theodor Koch-Grünber, foi determinante para a obra de Mário de Andrade.
O presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, explica que premiar a tradição oral em um prêmio literário agrega a perspectiva de um olhar delicado sobre a memória oral."A ideia é privilegiar a produção oral, quando ela passa a integrar a fixação, o livro, a memória que se recupera - porque a Biblioteca Nacional também é a casa da memória", afirma.
Para se inscrever no prêmio é preciso ter nacionalidade brasileira e ter obras inéditas (1ª edição) redigidas em língua portuguesa e publicadas por editoras nacionais, entre 1º de maio de 2022 e 30 de abril de 2023. Autores independentes também podem concorrer, desde que a obra esteja em Depósito Legal e traga impresso o número do ISBN (International Standard Book Number).
O vencedor de cada uma das 10 categorias recebe o prêmio de R$ 30 mil. Os resultados serão divulgados no Diário Oficial da União e no portal da Biblioteca Nacional, em 27 de outubro.
Serão analisados pelas comissões julgadoras critérios: qualidade literária, originalidade, contribuição à cultura nacional, criatividade no uso dos recursos gráficos e excelência da tradução.
Conheça as 10 categorias do prêmio:
- Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens)
- Romance (Prêmio Machado de Assis)
- Conto (Prêmio Clarice Lispector)
- Tradução (Prêmio Paulo Rónai)
- Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda)
- Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade)
- Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães)
-Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof)
- Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé)
- Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli).
Agencia Brasil