Em apenas duas horas e meia, os ingressos para o show da banda NX Zero no Allianz Parque, em São Paulo, esgotaram.
Em apenas duas horas e meia, os ingressos para o show da banda NX Zero no Allianz Parque, em São Paulo, esgotaram. A apresentação, marcada para o dia 16 de dezembro, encerra a turnê “Cedo ou Tarde”, que começou no MITA Festival e marcou o reencontro do grupo após uma pausa de seis anos. “A gente tinha uma boa perspectiva, sabia que a galera estava querendo muito ver o NX ao vivo de novo, mas, depois de esgotar os ingressos, nossa visão do todo mudou. Claro que a gente está mantendo o pé no chão, mas foi além da expectativa de todo mundo. É muito bom saber que, mesmo depois desse hiato todo, as pessoas ainda sentem vontade de ver a gente ao vivo. Foi uma surpresa muito boa”, comentou o baixista Caco Grandino em entrevista à Jovem Pan. A banda, que também conta com Di Ferrero no vocal, Gee Rocha na guitarra, Dani Weksler na bateria e Fi Ricardo na guitarra, estourou em todo Brasil em 2006 e emplacou hits como Razões e Emoções, Pela Última Vez e a música que inspirou o nome da atual turnê.
A banda foi uma das mais populares do movimento emo, que ganhou força no Brasil no início dos anos 2000. Os integrantes do grupo reconhecem essa influência, mas acreditam que o NX Zero possui atualmente um estilo mais abrangente. “A gente viveu essa geração e, na época, [o emo] era o gênero que estava sendo mais destacado, principalmente nos Estados Unidos, e a gente consumiu muito”, relembrou Caco, que vê o NX de hoje como uma banda eclética. “Temos muitas outras influências, temos nossa veia do rock, do pop, do rap. Se eu fosse classificar o NX hoje em dia, eu colocaria como uma banda de rock que extrapola os gêneros, porque a gente consegue conversar com públicos que também consomem outros estilos, como sertanejo e funk.” O tempo em que passaram separados contribuiu para algumas mudanças na banda. Na visão do baixista, esse período foi construtivo, pois retornaram aos palcos com uma nova bagagem artística.
Nos últimos seis anos, os músicos se envolveram em novos e diferentes projetos, algo que trouxe amadurecimento para a atual reunião do grupo. “A gente pôde experimentar novos horizontes, e isso impacta na turnê”, avaliou o guitarrista. “Para nós, essa é a mais importante turnê do NX Zero até hoje. É de reencontro, de celebração, então a gente investiu tempo demais e atenção em cada detalhe do show, temos uma história para contar durante a apresentação. Tudo foi pensado para trazer a melhor experiência para os fãs e para a gente. Queremos passar o que estamos sentindo, então estamos tendo muitos momentos especiais.” O clima de nostalgia tem dominado os bastidores das apresentações. “A gente adora relembrar as histórias. Boa parte da equipe que sempre acompanhou a gente na estrada está aqui, então temos muita história para contar, principalmente para a galera nova que chegou. Rola uma amizade, uma alegria de estar junto, uma celebração de todos. O clima nos bastidores é o melhor possível, a gente está em um baita alto astral.”
Com shows lotados e com um público que, assim como a banda, está mais maduro, o que tem reinado nesse reencontro é a sensação de dever cumprido. “Se a gente pudesse olhar para o NX Zero do passado e dar um conselho, acho que seria: 'Calma, tenham paciência que as coisas acontecem na hora em que elas têm que acontecer. Continuem se respeitando e se amando como amigos e como irmãos, isso com certeza vai fazer a diferença no futuro'”, declarou Caco. As músicas não marcaram apenas os fãs e, entre um hit e outro presente na turnê, os músicos também têm suas favoritas. O baixista, por exemplo, fica emocionado com Mais Além. “É uma música que me inspira a correr atrás dos meus objetivos, dos meus sonhos e que me toca muito — principalmente quando estou no palco com os caras tocando, ela faz muito sentido.”
Até o final do ano, o NX Zero vai rodar pelo Brasil (clique aqui para conferir as datas e locais dos shows) e a expectativa dos fãs é que essa turnê seja eternizada em um DVD. À Jovem Pan, Caco contou que ainda não foi definido se esse tipo de registro vai se concretizar. “Os fãs podem e devem [sonhar com um DVD da turnê] porque com certeza isso é um motor para a gente, mas não tem nada definido. O que a gente está fazendo desde o início dos ensaios e até em algumas reuniões é captar tudo o que está acontecendo para ter esse registro. Vamos sentir o que tem que acontecer, se tiver que ter um DVD, vai ter. Se a gente achar que não, paciência, fica para uma próxima”, brincou o músico. O que vai acontecer depois da turnê também não foi definido ainda. “Para o NX, o plano é não ter plano (risos). A gente sempre deixa as coisas fluírem de uma maneira muito natural, considerando o que estava acontecendo no momento e o que cada um estava sentindo. A gente se respeita muito como amigos, como irmãos e o momento de vida de cada um. A gente procura não fazer planos para sentirmos juntos o que vai acontecer depois. Esse é o momento atual, sinto que as coisas vão acontecer na hora e do jeito certo”, concluiu.