O educador físico Marco Basi, 43, orienta moradores do Pimentas, bairro de Guarulhos, na Grande São Paulo, a praticarem esportes na academia popular instalada próxima ao campo de futebol de várzea do Jardim Vermelhão.
O educador físico Marco Basi, 43, orienta moradores do Pimentas, bairro de Guarulhos, na Grande São Paulo, a praticarem esportes na academia popular instalada próxima ao campo de futebol de várzea do Jardim Vermelhão.
A ideia de motivar os vizinhos partiu de uma insatisfação de Basi, que notava a falta de uso dos aparelhos disponíveis em diversas praças da cidade. As academias populares são aqueles equipamentos instalados em praças e locais públicos abertos a população.
“Sempre observei que muitas vezes não tinha gente fazendo exercício ou quando tinha não existia ninguém orientando”, afirma Marco. “As pessoas faziam o exercício de maneira errada e isso poderia ocasionar algum tipo de lesão ou mesmo nenhum tipo de resultado.”
Nascido na região do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, Marco mora há mais de 10 anos no bairro dos Pimentas, na periferia de Guarulhos, e desde que chegou na região incentiva a comunidade às práticas esportivas. “Quando me mudei pra cá, trouxe o karatê junto comigo. Como voluntário, comecei a dar aula para as crianças e jovens no bairro”, conta.
Para se especializar, o paulistano decidiu estudar mais sobre esportes. “Me apaixonei por esse lance de dar aula e resolvi abandonar minha profissão na área da logística e fui fazer faculdade de educação física.”
Desde março deste ano, às segundas, quartas e sextas-feiras, o educador orienta moradores que chegam na academia popular para se exercitar. Há mais de 30 pessoas cadastradas e em cada dia de aula entre 12 e 15 pessoas participam dos treinos que vão das 7h às 8h40.
Uma delas é a vendedora, Edileusa Sousa, 57, que convive com artrose, bico de papagaio e hérnia de disco, problemas que trazem dores na coluna e, principalmente, dificuldades para caminhar, fazendo com que ela chegue a cair.
“Por conta da artrose, eu tinha a sensação de que estava levantando a perna o suficiente para andar, mas não estava e tropeçava muito, chegava a cair ao tentar andar. O exercício me ajudou muito a não cair mais”, conta.
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