O setor da construção se prepara para realizar, entre os dias 19 e 21 deste mês, no Armazém 3 do Píer Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, o 1º Rio Construção Summit (RCS), que contará com mais de 230 palestrantes nacionais e estrangeiros em mais de 80 horas de conteúdo, envolvendo debates e apresentações.
O setor da construção se prepara para realizar, entre os dias 19 e 21 deste mês, no Armazém 3 do Píer Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, o 1º Rio Construção Summit (RCS), que contará com mais de 230 palestrantes nacionais e estrangeiros em mais de 80 horas de conteúdo, envolvendo debates e apresentações. A expectativa é receber 5 mil pessoas nos três dias do evento. Segundo informou à Agência Brasil o presidente do Fórum de Construção Civil da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e um dos vice-presidentes da entidade, Marcelo Kaiuca, serão debatidos durante o evento temas que "envolvem tudo que é importante na área da construção: construção civil, construção pesada, infraestrutura".
O evento é promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ). Serão realizadas discussões sobre a conjuntura atual e as perspectivas para o aumento da produtividade da construção, a redução do 'déficit' habitacional e o aprimoramento da infraestrutura no Brasil. Toda a cadeia da construção estará representada no RCS, englobando incorporadores, construtores, setor de serviços, indústria, fornecedores de material, sindicatos patronais. O foco são estudantes do setor da construção, entre os quais engenheiros e arquitetos. De acordo com o Sinduscon-RJ, esse é o maior evento já realizado no Brasil pelo setor, que vive aquecimento com oferta de empregos.
"Vão falar de software BIM (para engenharia civil e arquitetura), de ESG (práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), de saneamento", informou Marcelo Kaiuca. Em paralelo ao evento, será realizado encontro da Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC), que congrega as Câmaras da Indústria da Construção Civil da América Latina e Caribe. No Brasil é a CBIC. "A gente está com a expectativa muito grande. Serão em torno de cinco mil pessoas visitando, entre empresários, profissionais de engenharia e arquitetura, poder público e estudantes". Também presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Kaiuca será moderador da mesa-redonda "Soluções em Infraestrutura Sustentáveis", prevista para o dia 19, no RCS.
Segundo Kaiuca, a ideia é conhecer as melhores experiências de cada setor de outros países e "trazer para cá. Nós vamos botar o Rio de Janeiro ligado com o Brasil e com o mundo no que de mais importante acontece no setor". Deixou claro que o evento não é uma feira da construção, mas um encontro para intercâmbio e debate sobre temas de interesse comum no Brasil e no exterior. O Rio Construção Summit deverá ser bianual, como ocorre com os grandes eventos internacionais desse setor. "Isso aguça a curiosidade dos visitantes para conhecer as novidades que são criadas pela indústria. A gente fica sempre naquela esperança que daqui a dois anos, daqui a três anos, será a oportunidade para ver o que tem de novo. E dá tempo de você inovar. Em um evento anual, você não consegue inovar", considerou.
Reiterou que a expectativa é grande e com resultados positivos. "O setor precisa, o Rio de Janeiro precisa voltar ao cenário. O estado sempre foi destaque na construção civil e, agora, com o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Rio de Janeiro foi contemplado com cerca de 20% do valor de R$ 1,7 trilhão do programa. Isso representa mais de R$ 360 bilhões para o Rio de Janeiro, ligados à construção civil e à infraestrutura. Então, a gente tem que aproveitar, evitar cometer os erros do passado, começar as construções e ter como acabá-las. O pessoal que criou o PAC sabe bem como tem que ser feito. A expectativa é muito grande", assinalou Marcelo Kaiuca.
No Rio de Janeiro, o PAC inclui a construção de habitações para a baixa renda, lembrou o vice-presidente da Firjan. Destacou que aos subsídios do governo federal para a baixa renda, no montante de R$ 55 mil, que são repassados para a Caixa Econômica Federal para o programa Minha Casa, Minha Vida, o Rio de Janeiro dará um subsídio adicional do seu Fundo Soberano, no valor de R$ 25 mil, complementando esses recursos.
"Somando aos R$ 55 mil do governo federal, o subsídio total resultará em R$ 80 mil para permitir a construção de um imóvel na faixa de R$ 200 mil a R$ 300 mil. É significativo. Com isso, se amplia o número de pessoas que vão ter acesso à casa própria. Vamos botar mais gente no jogo", afiançou Kaiuca. Toda essa verba é administrada pela Caixa. O déficit habitacional no Brasil alcança em torno de 7 milhões de unidades.
Evolução
Caberá ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostrar, durante o RCS, a evolução da construção civil no país, em ternos de inovações. Os visitantes farão visitas virtuais ao centro de referência do setor do Senai, construído no município fluminense de Três Rios. O Rio Construção Summit mostrará também ao público uma casa cujos ambientes terão diversas inovações tecnológicas elaboradas pela indústria, entre as quais a pavimentação acessível. Haverá painéis sobre tratamento de água e saneamento básico, sobre sustentabilidade no setor da construção. Um túnel de inovação mostrará experiências de vários países.
Na solenidade de abertura, estão previstas as participações do governador do estado do Rio, Cláudio Castro, do prefeito carioca, Eduardo Paes, além dos prefeitos das cidades de Madri (Espanha) e Bogotá (Colômbia).