Mais de 600 mil pessoas passaram pelo Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, na edição comemorativa de 40 anos da Bienal do Livro, que terminou neste domingo (10).
Foram dez dias de ruas movimentadas, alegria por encontrar os autores preferidos e pessoas saindo da feira com sacolas cheias de livros. Os painéis da Bienal ganharam, nesta edição, novos formatos e espaços para o público apaixonado por histórias. Com mais de 497 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos, o tíquete médio de gastos com livros ficou em torno de R$ 200.
"Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia, porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista", ressaltou Tatiana.
Com área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, no período anterior à pandemia da covid-19, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores na programação oficial.
As crianças que visitaram a Bienal encontraram um universo lúdico chamado Uma Grande Aventura Leitora, em um espaço de 600 metros quadrados. Ali, foram comemorados os 60 anos da personagem Mônica, da obra do escritor e ilustrador Maurício de Sousa.
Outra novidade da Bienal foi o Baile de Máscaras da Julia Quinn, promovendo uma festa de época como ocorre nos episódios de Os Bridgertons, sucesso dos livros da autora inglesa que viraram série em vídeo. "O público curtiu e veio fantasiado para participar do baile", relembrou Tatiana Zaccaro.
A Bienal 40 anos lançou o espaço Páginas na Tela, com curadoria da cineasta e escritora Rosane Svartman, e Páginas no Palco, coordenado por Bianca Ramoneda. São formatos que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro. No Sextou com Simas, o professor e autor Luiz Antonio Simas recebeu convidados, transformando o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca. Neste espaço, a curadoria recebeu autores como Ailton Krenak e Conceição Evaristo.
Os fãs de histórias em quadrinhos tiveram a oportunidade de conhecer ao vivo quadrinistas independentes de todo o Brasil no novo espaço batizado Artists Alley. A Bienal foi palco também do Rio International Publishers Summit, promovido pelo Snel, com objetivo de conectar os protagonistas do mercado editorial e discutir temas urgentes para o setor. O fórum tratou dos desafios da transformação tecnológica, uso da inteligência artificial e preservação do direito autoral, entre outros temas.