Segundo Enrico Galliera, a decisão surgiu em resposta a solicitações do mercado e de revendedores, tendo em conta que muitos dos clientes da Ferrari investiram em criptomoedas.
"Alguns são jovens investidores que construíram as suas fortunas em torno das criptomoedas. Outros são investidores mais tradicionais, que querem diversificar as suas carteiras", apontou.
A Reuters nota que a maioria das grandes empresas tem evitado o pagamento em criptomoedas, não só devido à instabilidade e volatilidade, mas também devido à regulamentação irregular e ao alto uso de energia. Note-se, por exemplo, que Elon Musk acabou por interromper o pagamento através de criptomoedas na Tesla por questões ambientais.
Por sua vez, o diretor comercial e de marketing da Ferrari notou que as criptomoedas têm feito esforços para reduzir a sua pegada de carbono através de novos softwares e de um maior uso de fontes renováveis.
"A nossa meta de alcançar a neutralidade carbónica até 2030 ao longo de toda a nossa cadeia de valor está absolutamente confirmada", assegurou Galliera.
O responsável não revelou quantos carros a Ferrari espera vender desta forma, mas adiantou que a carteira de pedidos da empresa é forte e está lotada até 2025.
A iniciativa, defendeu, ajudará a empresa a conectar-se "com pessoas que não são necessariamente" seus clientes, "mas que podem comprar um Ferrari".
O esquema deverá chegar à Europa no primeiro trimestre de 2024.
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