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Pan: boxe brasileiro é ouro com Bia Ferreira e ainda leva 4 pratas

A sexta-feira (27) começou dourada para o boxe brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile).


Foto: Reprodução internet

A sexta-feira (27) começou dourada para o boxe brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). A baiana Beatriz Ferreira fez valer o favoritismo e conquistou o bicampeonato na categoria 60 quilos. O país também foi prata Tatiana Chagas (54 kg) e Keno Marley (92 kg).

No final desta tarde serão mais quatro disputas do ouro com Caroline Almeida (50kg), Jucielen Romeu (57kg), Barbara Santos (66kg) e Wanderley Pereira (80kg). O Pan de Santiago tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

Nascida em Salvador (BA), Bia Ferreira fez valer seu favoritismo na decisão do ouro pan-americano, que reeditou a final feminina dos 60 kg no Mundial da modalidade, em março. Mais uma vez a baiana de 31 aos levou a melhor (5 a 0) sobre a colombiana Angie Valdes. Foi o segundo ouro seguido de Bia em Pan-Americanos – o primeiro foi em 2019, na edição de Lima (Peru).

"Missão dada é missão cumprida. Classifiquei e, de brinde, peguei o ouro. Estou muito feliz. Jogos Olímpicos já estão aí e eu quero pegar a mãe de todas, a dourada. Meu último ciclo, era para ser em Tóquio, mas fui desafiada, um ciclo menor [três anos até Paris 2024]. Quis repetir as competições, trazendo ouro novamente, e está dando tudo certo. Acredito que lá em Paris vou estar no pódio e brigando pelo ouro", contou Bia, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Estreante nos Jogos Pan-Americanos, a Tatiana Chagas (54 kg) deixou escapar a medalha de ouro ao ser superada pela colombiana Yeni Castañeda, atual vice-campeã mundial na categoria.

"No terceiro round, eu perdi pro cansaço, dessa vez ela estava mais preparada. Não levei o ouro para casa, mas ainda não acabou. Só me deu mais vontade de treinar e me dedicar para nosso próximo Pan, nos Jogos Olímpicos, só levar o ouro pra casa. Vou sair daqui e abraçar todo mundo. Vi cada um dos meus companheiros gritando. Boxe é isso, hoje foi o dia dela, amanhã pode ser o meu", disse a vice-campeã pa-americana.

Quem também enfrentou uma pedreira na final foi o também baiano Keno Marley nos 92 kg. O pugilista de 23 anos reencontrou o cubano Julio César La Cruz, atual bicampeão olímpico e tetracampeão mundial, adversário no Pan de Lima, quando Keno ainda competia nos 81 kg. O brasileiro sofre outro revés do cubano, ouro pela quarta vez seguida no Pan.

"Vim com o objetivo de ser ouro aqui em Santiago. Em 2019, no meu primeiro Pan, também enfrentei ele na final. Infelizmente, não deu ouro por alguns detalhes, mas agora estou com a vaga olímpica, vou seguir treinando para melhorar esses erros que eu cometi para que em Paris seja diferente", analisou Keno, que também foi prata nos últimos Jogos Pan-Americanos.

Poupados da final ficam com prata

O Brasil deixou de subir ao ringue para disputar duas finais nesta sexta (27) por decisão da equipe médica da comissão técnica. Os pugilistas Michael Douglas Trindade (51kg), com uma lesão no cotovelo, e Abner Teixeira (+92kg), com uma no joelho, foram poupados e, consequentemente, ficaram com a prata. Além das medalhas, eles conquistaram a vaga olímpica em Paris 2024.

Agencia Brasil

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