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Chuvas

Inundações obrigam deslocamento de mais de 200 mil pessoas na Somália

Mais de 200 mil pessoas foram deslocadas de suas casas na Somália desde o início da temporada de chuvas no país, em meados de março, informou neste domingo, 14, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.


Mais de 200 mil pessoas foram deslocadas de suas casas na Somália desde o início da temporada de chuvas no país, em meados de março, informou neste domingo, 14, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. “As estimativas iniciais indicam que ao menos 460.470 pessoas foram afetadas, das quais cerca de 219 mil foram deslocadas de suas casas e 22 morreram em 17 distritos desde meados de março”, disse o órgão em um comunicado enviado à Agência EFE. As fortes chuvas afetaram particularmente os estados de Hirshabelle (centro-sul) e Jubaland (sudeste) “inundando casas e terras agrícolas, arrastando o gado, fechando temporariamente escolas e centros de saúde e danificando estradas”. Do lado positivo, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU observou que “as chuvas estão recarregando as fontes de água superficiais e permitindo a regeneração da vegetação, o que é importante para a sobrevivência humana e pecuária, em um momento em que grande parte do país está sofrendo com o impacto da pior seca em quatro décadas”.

“No entanto, muito mais chuvas serão necessárias para efetivamente aliviar o impacto da recente seca”, acrescentou. De acordo com uma previsão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, são esperadas chuvas mais moderadas a fortes em várias zonas do país entre 10 e 17 de maio. Cinco temporadas de chuva fracassadas no Chifre da África, incluindo Etiópia, Quênia, Djibuti e partes de Uganda, desalojaram mais de 1,4 milhão de pessoas na Somália e mataram 3,8 milhões de cabeças de gado no país. Da mesma forma, de acordo com um estudo apresentado em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS), até 43 mil pessoas poderiam ter morrido em 2022 devido à seca, metade delas crianças menores de 5 anos.

*Com informações da EFE

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