Testemunhamos com grande consternação o ato racista contra o jogador Vinícius Júnior durante o campeonato espanhol.
Em segundo lugar, o racismo é uma forma de soberba, um pecado que afasta os seres humanos de Deus e uns dos outros. A soberba envolve um exagerado sentimento de superioridade, e é exatamente isso que o racismo perpetua. O racista acredita que seu grupo étnico é superior a outros, uma percepção deformada que nega a igualdade essencial de todos os seres humanos perante Deus. Tal arrogância contradiz a humildade e o amor altruísta que são a essência do Evangelho, substituindo-os por desprezo e preconceito. É a tentativa falha de usurpar a autoridade divina, decidindo quem tem valor e quem não tem.
Por fim, o racismo é uma fonte de violência, tanto física quanto emocional. A história está repleta de exemplos dolorosos do dano causado pela hostilidade racial, desde a escravidão até as inúmeras injustiças cotidianas. As palavras e ações impulsionadas pelo preconceito racial não apenas ferem os indivíduos, mas também dilaceram o tecido da comunidade, acentuando a divisão e a desconfiança.
[banner_de_paragrafo_2]O racismo viola o mandamento do amor ao próximo, substituindo-o pelo ódio e pela agressão. É como uma tempestade que arrasta a paz e deixa apenas a destruição em seu rastro. Compreendendo isso, é nosso dever rejeitar o racismo em todas as suas formas, buscando a reconciliação e a justiça com o mesmo fervor que procuramos a santidade.
*Gutierres Fernandes Siqueira é teólogo e jornalista; autor do livro "Quem tem medo dos evangélicos?", publicado pela Editora Mundo Cristão.