As eleições presidenciais na Venezuela completaram um mês, nesta quarta-feira, e o país continua sob pressão da oposição e de países estrangeiros que questionam os resultados oficiais e cobram a divulgação detalhada das atas de votação.
Após declarar que será feita uma "megaeleição" legislativa, local e regional em 2025, o presidente Nicolás Maduro anunciou agora uma reforma ministerial que abrange cerca da metade dos ministérios.
Entre as mudanças, Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, será o novo ministro do Interior. Delcy Rodríguez, atual vice-presidente, vai acumular a função de Ministra de Petróleo. As mudanças incluem também a presidência da PDVSA, a estatal petroleira.
O Governo da Venezuela afirma também que, nessa terça-feira, sofreu ataques contra o Sistema Elétrico Nacional, que provocaram interrupções no fornecimento de energia elétrica na capital Caracas e em vários locais do país.
Enquanto isso, a líder oposicionista, María Corina Machado, acusa Maduro de ter "sequestrado" o advogado da oposição. Perkins Rocha é também coordenador jurídico do partido, perante o Conselho Nacional Eleitoral, autoridade Venezuelana responsável pelas eleições. O filho do advogado, Santiago Rocha, disse que a casa da família foi invadida e aparelhos eletrônicos foram levados.
Nessa terça-feira, o ex-candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu, novamente, diante do Ministério Público da Venezuela para prestar depoimento. Ele foi convocado duas vezes nesta semana. Segundo a aliança política "Plataforma Unitária", González estaria sofrendo "perseguição" e "assédio judicial", e as atas eleitorais reunidas pelos partidos indicariam que a oposição teria vencido as eleições presidenciais.
O Sindicato Nacional de Imprensa da Venezuela também denunciou a prisão de pelo menos 16 jornalistas, durante a cobertura eleitoral.
Nesta quarta-feira, exatamente um mês após as eleições, tanto o governo quanto a oposição convocaram novas manifestações nas ruas.
Da RN, em SL, G
Agência Brasil 61