Durante a semana de Sucot, que começou na quarta-feira (16) e vai até 23 de outubro, o pastor Joel Engel trouxe uma poderosa mensagem que conecta os elementos da Festa dos Tabernáculos com o plano de redenção de Deus através de Jesus Cristo.
Durante a semana de Sucot, que começou na quarta-feira (16) e vai até 23 de outubro, o pastor Joel Engel trouxe uma poderosa mensagem que conecta os elementos da Festa dos Tabernáculos com o plano de redenção de Deus através de Jesus Cristo.
Engel começou explicando o simbolismo das sucás, as cabanas temporárias construídas pelo povo de Israel durante Sucot. “Todo o povo de Israel constrói em sua casa uma sucá. O teto é frágil e geralmente coberto de palmeiras, para que eles possam ver as estrelas. Durante sete dias eles comem dentro dessa estrutura. Quanto mais simples, melhor”, comentou.
“Todos os que saíram do Egito atravessaram o deserto e habitaram em cabanas simples como essa. Mas, no deserto, nenhuma de suas tendas foi destruída, ninguém adoeceu ou passou necessidade. Deus os protegia com uma nuvem de glória de dia, e uma coluna de fogo à noite”, explicou o pastor.
A importância das festas bíblicas
Em seguida, pastor Joel abordou uma questão que frequentemente é levantada por muitos cristãos: Devo celebrar as festas bíblicas, já que elas são tradicionalmente judaicas?
“Faço então outra pergunta: você celebra a Páscoa?”, responde. “Cada um celebra as festas de acordo com o entendimento que tem. Deus, quando começou a ensinar o Seu povo, não usou palavras difíceis. No ‘jardim de infância’ espiritual, Ele deu comandos simples, como repartir um cordeiro. As festas são uma maneira de honrar a Deus e trazer uma mensagem ao mundo.”
O pastor fez questão de ressaltar que Jesus Cristo é o ponto central de todas as festas bíblicas: “Todas as festas bíblicas apontam para Jesus. As festas serão plenamente cumpridas no futuro, quando Deus restaurar todas as coisas por meio da volta do Messias.”
E pontuou:
“Na Páscoa (Pessach), Jesus é o Cordeiro de Deus, que foi sacrificado para nos salvar. Assim como o sangue do cordeiro protegeu os israelitas da última praga no Egito, o sangue de Jesus nos livra da escravidão do pecado (João 1:29).”
“Na Festa de Pentecostes (Shavuot), celebramos a descida do Espírito Santo, que ocorreu 50 dias após a Páscoa, como relatado no livro de Atos (Atos 2:1-4). Essa festa também comemora a entrega da Torá no Monte Sinai e simboliza o novo pacto por meio do Espírito Santo.”
“Yom Kippur, o Dia da Expiação, simboliza o sacrifício maior feito por Jesus na cruz. Esse é o dia em que os pecados da nação de Israel eram cobertos pelo sangue de um sacrifício (Levítico 16:30). Para nós, cristãos, ele aponta para Jesus, o Sumo Sacerdote eterno, que ofereceu a si mesmo como o sacrifício definitivo para a remissão dos pecados (Hebreus 9:11-12).”
A Festa dos Tabernáculos e a vinda de Jesus
Engel diz que há uma forte ligação entre a Festa dos Tabernáculos (Sucot) e a vinda de Jesus. “A Bíblia diz que Jesus desceu à terra e tabernaculou entre nós. Ele veio habitar entre os homens. A festa dos Tabernáculos profetiza a vinda de Jesus à terra”, afirmou.
O pastor também destacou o aspecto escatológico da festa: “Essa festa fala do que está por vir. Jesus voltará na Festa dos Tabernáculos.”
E explica: “Essa festa aponta para o casamento de Jesus com a Igreja. Assim como na cultura judaica, o noivo se afastava por um tempo para preparar uma casa para a noiva, Jesus disse: ‘Vou preparar-vos um lugar, mas voltarei e vos levarei comigo.’ Quando o noivo chegava, a celebração durava sete dias. Sucot aponta para esse casamento espiritual”.
Costumes de Sucot
Durante a Festa dos Tabernáculos, é costume judeu usar quatro espécies vegetais – o lulav (folha de palmeira), o etrog (fruto cítrico), o hadás (ramos de murta), e o aravá (ramos de salgueiro) – para fazer orações especiais e louvar a Deus (Levítico 23:40).
Engel destaca ainda que “Jesus, segundo os evangelhos, também celebrou a Festa dos Tabernáculos (João 7:2-10)”.
No último dia de Sucot, conhecido como Hoshana Rabá, havia um ritual especial no Templo em que sacerdotes circundavam o altar sete vezes com ramos de salgueiro e taças de ouro cheias de água eram derramadas sobre o altar. Esse ritual de água apontava para a oração por chuvas e colheitas e simbolizava os “rios de água viva”, algo que Jesus utilizou para falar sobre o Espírito Santo (João 7:37-39).
Joel Engel enfatizou que todas as festas bíblicas apontam para Cristo: “A Páscoa aponta para a morte de Cristo, Pentecostes aponta para a descida do Espírito Santo, e Tabernáculos aponta para quando Jesus veio habitar entre os homens — quando Ele se fez carne e tabernaculou entre nós”, reiterou.
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