Mães de crianças com menos de 12 anos poderão agora cumprir pena em regime de prisão domiciliar.
Mães de crianças com menos de 12 anos poderão agora cumprir pena em regime de prisão domiciliar. A decisão foi proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou a realização de mutirões carcerários. Essa medida tem como objetivo substituir a prisão preventiva por um regime mais flexível para essas mães, levando em conta a situação de uma mãe que foi presa por tráfico de uma quantidade mínima crack. O ministro ressaltou a importância de proteger os direitos das crianças que sofrem com a ausência materna.
"O juiz da instância de origem deverá fixar a forma de cumprimento e fiscalização e poderá determinar novas medidas cautelares se achar necessário", informou o STF, em nota. Na decisão, Gilmar Mendes avaliou que a substituição da prisão preventiva pela domiciliar "vai muito além de uma benesse à mulher alvo da segregação cautelar".
"A ideia é, por meio de tal flexibilização, salvaguardar os direitos das crianças que podem ser impactadas pela ausência da mãe. Por meio da medida, a ré permanece presa cautelarmente, mas passa a cumprir a segregação em seu domicílio, de modo a oferecer cuidados aos filhos menores", apontou.
Para implementar essa mudança, o ministro determinou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realize mutirões carcerários. Esses mutirões terão a função de revisar as situações de prisão e promover ações que visem a cidadania e a ressocialização das mulheres encarceradas.
A decisão de Gilmar Mendes reflete uma preocupação crescente com os direitos das crianças e a necessidade de um sistema penal que leve em conta as particularidades das mães. A medida pode abrir precedentes para que outras mães em situações semelhantes também tenham a oportunidade de cumprir suas penas em casa, contribuindo para a manutenção do vínculo familiar e o desenvolvimento saudável das crianças.
"O objetivo da medida proposta é a revisão das prisões, a apuração das circunstâncias de encarceramento e a promoção de ações de cidadania e de iniciativas para ressocialização dessas mulheres", afirmou.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias