A restrição de voos prevista para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, melhora a situação do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o chamado Galeão, porém, não é ainda a solução definitiva para a concessionária Changi, que administra o terminal. De acordo com interlocutores consultados pela Jovem Pan News e que acompanham a discussão, a Changi aguarda com expectativa pareceres e decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito da possibilidade da concessionária desistir da devolução do ativo para União. No ano passado, a Changi anunciou que estava desistindo da concessão. Contudo, neste ano, a empresa voltou atrás da desistência por articulações com o novo governo. No entanto, a concessionária tenta uma nova base para o contrato de concessão. O passivo da operadora é de R$ 1,3 bilhão ao ano com o Governo Federal. O montante é considerado bastante expressivo para um aeroporto que ainda segue esvaziado. No ano passado, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro movimentou menos de 6 milhões de passageiros, enquanto o Santos Dumont, embarcou cerca de 10 milhões.
Nessa semana, após uma reunião em Brasília, entre o presidente Lula, ministros de Estado, e o prefeito Eduardo Paes, ficou decidido que o Santos Dumont, em breve, só vai voar para dois destinos: Congonhas (na ponte aérea Rio-São Paulo) e Brasília. Os demais voos serão realocados no Aeroporto Internacional. A Changi comemorou essa decisão, uma vez que a tendência é de que aumente o fluxo de passageiros no Galeão. No entanto, a empresa segue na expectativa do parecer que vem do Tribunal de Contas da União, provavelmente ainda nesse mês de junho, que deve entender ser possível a desistência do processo de devolução da concessão.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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