Vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo protocolaram projeto de lei (PL) que concede o passe livre no transporte coletivo público da cidade às pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e desempregados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
"A presente lei autoriza o Poder Executivo instituir o programa de Vale Transporte Social para a população de baixa renda e aos desempregados, com o objetivo de assegurar o transporte público coletivo gratuito no município de São Paulo", diz o Artigo 1º do projeto.
Segundo a proposta, o programa consiste na oferta gratuita mensal de créditos de passagens aos beneficiários, no valor mínimo de 44 tarifas vigentes do transporte coletivo municipal. "A quantidade de créditos de passagens fornecidos mensalmente será equivalente a, pelo menos, quarenta e quatro viagens", diz o texto do PL. Os beneficiários, no entanto, precisarão comprovar residência na cidade de São Paulo.O PL foi apresentado conjuntamente pelos nove integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara: Jair Tatto (PT), Isac Félix (PL), Atílio Francisco (Republicanos), Cris Monteiro (Novo), Sidney Cruz (Solidariedade), Paulo Frange (PTB), Rinaldi Digilio (União Brasil), Roberto Tripoli (PV) e Rute Costa (PSDB).
Na semana passada, o presidente da subcomissão da Tarifa Zero na Câmara dos Vereadores, Paulo Frange, disse que a intenção da administração municipal é implementar gradativamente o passe livre, iniciando pelas pessoas que serão atendidas pela lei proposta agora.
"Estamos acreditando que a gradualidade, sim, é possível. São Paulo tem saúde financeira para isso neste momento", afirmou Frange. Segundo o vereador, o financiamento do sistema não será feito com aumento ou criação de taxas ou contribuições.
O CadÚnico, que é usado para mapear famílias de baixa renda no país, também identifica pessoas que podem ser beneficiadas em diversos programas sociais.