A política é um campo onde a esperança é frequentemente utilizada como ferramenta para conquistar votos. Durante campanhas eleitorais, os discursos são recheados de promessas, compromissos e palavras que inspiram mudança.
Os candidatos se apresentam como a solução para os problemas do povo, prometem governar de forma justa e afirmam que estarão sempre ao lado daqueles que os elegeram. No entanto, o que acontece após a vitória nas urnas?
Muitos eleitores percebem que, uma vez no poder, os políticos passam a agir de maneira diferente da que prometeram. As prioridades mudam, as alianças se fortalecem em círculos fechados, e a proximidade com a população, que antes era uma prioridade, se torna cada vez mais distante.
A famosa frase "o poder corrompe" se torna uma dura realidade para aqueles que acreditaram nas promessas feitas em palanques e propagandas eleitorais.
A decepção com a política muitas vezes surge porque, ao chegar ao poder, o político se torna mais próximo de seus interesses e dos grupos que o ajudaram a se eleger. Em vez de governar para o povo, ele passa a governar para manter sua própria estrutura de poder.
A população, que foi essencial durante a campanha, se torna apenas expectadora das decisões tomadas nos gabinetes e salões fechados.
Isso não significa que todos os políticos são iguais, mas a realidade mostra que a esperança alimentada durante a campanha frequentemente se dissipa diante dos interesses que dominam os bastidores do poder.
A política precisa ser feita com compromisso real e com a manutenção da proximidade entre governantes e governados, pois um político que esquece seu povo está fadado a ser lembrado apenas nas próximas eleições, quando precisar novamente da esperança dos eleitores para continuar no poder.