O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou nesta sexta-feira, 14, ter recebido um pedido formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a desoneração de eletrodomésticos. Internamente, a equipe econômica tem se mostrado com pouca disposição à medida devido ao impacto fiscal que a redução de impostos pode provocar. “Não houve encomenda nenhuma para nós, nem sei se haverá, para falar a verdade. Mas não houve nenhuma encomenda para nós”, disse Haddad. Atualmente, o foco dos ministérios da Fazenda e do Planejamento tem sido a redução do déficit fiscal. Mesmo assim, Lula sugeriu ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), a reedição de um programa de incentivo à compra de eletrodomésticos da chamada “linha branca”, como geladeiras e máquinas de lavar roupas. A iniciativa é semelhante aos incentivos para baratear automóveis, que foram encerrados recentemente. A declaração da intenção de criar o programa foi dada pelo presidente na última quarta-feira, 12, durante a cerimônia de reabertura do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília: “As pessoas, de quando em quando, precisam trocar os seus utensílios domésticos. Quando a geladeira velha está batendo, não está gelando a cerveja bem e está gastando muita energia, você tem que trocar. Se está caro, vamos baratear, vamos tentar encontrar um jeito”. Em seu segundo mandato como presidente, em 2009, Lula promoveu um programa que reduzia o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre itens da “linha branca”.
*Com informações do repórter André Anelli.
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